Friday, September 21, 2012

New Yorkers (5 de 5) - It's ten dolar, uncle!





     “É dez real, tio!”.
     São Paulo talvez seja a capital mundial dos flanelinhas. Em Nova Iorque, a prática não existe. Eu não vi, pelo menos. Parte da razão deve ser porque em Manhattan quase não há vaga para estacionar. Existem alguns edifícios-garagem, é verdade – mas o grosso do tráfego é de táxis, e eles parecem nunca parar de circular.
     Os flanelinhas paulistanos incomodam porque a gente se sente coagido. Coagido e extorquido. Que eles não existam em NY deve proporcionar, portanto, uma sensação perene de paz e tranquilidade. O nirvana, certo? Errado. Existe por lá algo pior: a ditadura da gorjeta.
     Experimente esquecer a “tip” do carregador, taxista, garçom, entregador, etc.
Eles só não te riscam o carro porque você está a pé. E a cobrança é ostensiva: o carregador de malas não sai do seu quarto por menos de “5 real”. O garçom traz a conta de volta e aponta a taxa de serviço. “É 15%, maluco! Tá me tirando? A casa vai cair, brother”.
     Pessoalmente, eu prefiro ser extorquido por um flanelinha - em um ambiente externo àquele onde estou me divertindo - do que no estabelecimento onde já estou gastando uma grana presumindo ser bem servido.


     No vídeo, George Costanza (da série Seinfeld) fazendo questão de receber o crédito pela gorjeta.


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1 comment:

  1. Uma frase em homenagem a esse blog:

    "Arte não é adorno, Palavra não é absoluta, Som não é ruído, e as Imagens falam, convencem e dominam. A esses três Poderes-Cidadãos não podemos renunciar, sob pena de renunciarmos à nossa condição humana." (Augusto Boal)

    Parabéns!

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