“É dez
real, tio!”.
São Paulo talvez
seja a capital mundial dos flanelinhas. Em Nova Iorque, a prática não existe.
Eu não vi, pelo menos. Parte da razão deve ser porque em Manhattan quase não há
vaga para estacionar. Existem alguns edifícios-garagem, é verdade – mas o
grosso do tráfego é de táxis, e eles parecem nunca parar de circular.
Os
flanelinhas paulistanos incomodam porque a gente se sente coagido. Coagido e
extorquido. Que eles não existam em NY deve proporcionar, portanto, uma
sensação perene de paz e tranquilidade. O nirvana, certo? Errado. Existe por lá
algo pior: a ditadura da gorjeta.
Experimente
esquecer a “tip” do carregador, taxista, garçom, entregador, etc.
Eles só não
te riscam o carro porque você está a pé. E a cobrança é ostensiva: o carregador
de malas não sai do seu quarto por menos de “5 real”. O garçom traz a conta de
volta e aponta a taxa de serviço. “É 15%, maluco! Tá me tirando? A casa vai
cair, brother”.
Pessoalmente,
eu prefiro ser extorquido por um flanelinha - em um ambiente externo àquele
onde estou me divertindo - do que no estabelecimento onde já estou gastando uma
grana presumindo ser bem servido.
No vídeo, George
Costanza (da série Seinfeld) fazendo
questão de receber o crédito pela gorjeta.
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Uma frase em homenagem a esse blog:
ReplyDelete"Arte não é adorno, Palavra não é absoluta, Som não é ruído, e as Imagens falam, convencem e dominam. A esses três Poderes-Cidadãos não podemos renunciar, sob pena de renunciarmos à nossa condição humana." (Augusto Boal)
Parabéns!