Saturday, May 28, 2011

"O" manual


Acabo de ter acesso a uma espécie de manual de instruções que cobre toda e qualquer personalidade humana. E, sim, funciona. Não posso alongar-me sobre o assunto, mas devo antecipar que, obviamente:

1) Não partilharei deste conhecimento.
2) Usarei dele a meu favor.

PS: O propósito único de comunicar a descoberta neste blog é instigar o medo e a precaução em meu ciclo de convívio.

Tuesday, May 24, 2011

Joining the dark side



Mantive contato, esta noite, com tropas imperiais. Estiveram na Paulista com a Peixoto, perguntando por Luke Skywalker. 
Trabalho à parte, em conversa informal manifestaram interesse em anexar o Governo do Estado. O império paga bem, dizem, e o plano de carreira é agressivo.
No vídeo, o Ministro da Fazenda do Império conduzindo negociações salariais.


Friday, May 06, 2011

Fiscalizando

Foto da prefeitura de Taboão da Serra (fonte: Desciclopédia)


E Taboão da Serra virou notícia, enfim, com um escândalo envolvendo a Dívida Ativa do município. Sou forçado a admitir que já fui fiscal nessa aprazível cidade e, sendo assim, conheci – pelo menos de vista – boa parte dos funcionários que foram presos em flagrante.
Seja lá como for, e descontado um e outro percalço, o trabalho na prefeitura de Tabuca sempre foi muito divertido. Recebíamos diariamente muitas assombrações (contribuintes) com dúvidas as mais escabrosas acerca de assuntos filosófico-tributários. Faz a gente refletir sobre os limites da ignorância humana.
Foram muitos causos no pouco tempo em que trabalhei por lá, mas recordo-me de um em especial que ilustra um pouco da vida pacata que se leva na estância turística de Taboão da Serra.
Estávamos – os fiscais do ISS – em mais um dia de correria, matando nosso leão diário (afinal, não tá fácil pra ninguém), quando entrou um típico representante da pujante classe empresarial da cidade – um motoboy. Queria pagar um mês de impostos atrasados. Foi quando um dos fiscais-herois do município achou que convinha consultar no sistema se era aquela a única pendência do moto-empresário. Não era, obviamente. Seguiu-se, então, um breve e ríspido bate-boca que, editado, foi mais ou menos assim:


-  Agora o senhor vai ter que pagar tudo o que está atrasado.
-  Eu não vou pagar, maluco, certo?
-   Se não pagar eu vou intimá-lo.
-   Quero ver se é homem pra me intimar!


Tenho minhas dúvidas sobre o que o sujeito entendeu por “intimar˜. Mas o importante é que ele foi embora em paz e não matou ninguém na hora – o que, pelo menos pra mim, já ficou de ótimo tamanho. Acontece que para o meu colega o assunto ainda não tinha terminado, e na semana seguinte ele achou que tínhamos que entregar efetivamente a intimação ao munícipe, no endereço que constava do cadastro. É claro que ele não quis ir sozinho, e chamou dois idiotas para acompanhá-lo: eu e o Boçal (apelidos foram empregados intencionalmente a fim de preservar a identidade dos personagens).
Fomos nós três e o motorista no Golzinho quadrado da prefeitura com destino a um bairro pobre de Taboão da Serra. E para um bairro da cidade ser considerado pobre tem que ser muito feio. As ruas tinham todas nomes de países africanos, o que pareceu apropriado e coerente. Era como entregar uma intimação no Iraque, só que desarmado.
Quando enfim chegamos no endereço do cadastro, no alto de um morro, só se via um portão com grades de ferro vazadas onde, idealmente, deveria haver a sede de uma empresa. Olhando através dele, em linha reta, o céu azul. Olhando através dele, e para baixo, uma escada vertiginosa dava numa casinha de alvenaria com laje. Era o tipo de lugar onde o Bin Laden poderia se esconder por anos sem ser incomodado.
Confesso que eu não estava muito animado para intimar quem quer que fosse em um lugar como aquele. Mas já que estávamos lá, não ficava bem voltar atrás. O meu amigo apertou o botão da campainha. Nada. Impaciente, apertei também. O botão emperrou e a campainha disparou. Consertei rapidamente, nunca é bom chegar na empresa dos outros incomodando.
Quando achávamos que ninguém nos atenderia, e nos preparávamos para ir embora, finalmente – e para nosso infortúnio - vimos a Besta. Ela vinha trotando em nossa direção, enfurecida, direto das profundezas do inferno. Mas a escada, como disse, era mesmo íngreme, e ela chegou exausta. Era, a besta, um cão fila do tamanho de um boi. Quando chegou no portão, o bicho mal tinha ânimo para latir, quanto mais para assinar a intimação.
Pelo que eu me lembre, foi naquele momento que demos o caso por encerrado e retornamos à prefeitura. Mais tarde, o motoboy voltaria à repartição para parcelar seus débitos. Para quem não simpatiza com a classe - e em vista dos últimos acontecimentos nos jornais - fica o depoimento pessoal: motoboy é muito melhor que vereador.

Monday, May 02, 2011

Dead!!!!!!!!!



E saíram às ruas comemorar o assassinato de Osama.
Tem certas coisas com as quais não consigo sentir empatia.
Quão diferentes são o terrorismo sádico e o júbilo da vingança?
E, mais importante: vale a pena celebrar a morte do seu pior inimigo?


Julho/2009 - cantina nos arredores de Islamabad, no Paquistão


No link, o gênio Jerry Seinfeld ensinando que a melhor vingança é viver bem. Começa em 1:21 - mas, obviamente, o clipe todo é imperdível.