Monday, December 10, 2012

Aviso de Férias




(Transmitindo em ondas curtas, a partir do Japão...)


Olá, pessoal.

Estou em viagem, e o blog, por extensão, entrou de férias. 
O retorno às atividades está previsto para Janeiro, apenas - difícil arranjar tempo para atualizações quando não estou trabalhando.

Deixo, porém, vasto material de leitura na página do grupo no Facebook: o arquivo com o primeiro capítulo do meu livro - "De Volta à Cidade do Vampiro". 


Abs!



Saturday, December 08, 2012

Ser Corintiano




- - - - Texto enviado por Allan Chang - - - -

Lemos e ouvimos por aí diversas histórias de corintianos fanáticos que fazem de tudo pelo nosso time. Existem aqueles fervorosos colecionares de camisas, ou os que estão presentes em todos os jogos (independente de onde for), como também aqueles que preenchem o corpo inteiro com tatuagens do Coringão.O corintiano sempre foi aquele torcedor que não mede esforços pelo time. Como dizia Vicente Matheus: “Haja o que hajar”, ser corintiano é mais do que o simples ato de torcer pelo Timão dentro das quatro linhas.
Em meio a tantas histórias de fanatismo, me faz refletir: E eu? Sou digno de ser corintiano? Comparo-me a todos esses feitos e pareço estar tão longo disso... 
O que eu faço pelo Corinthians para me fazer merecer o status de ser corintiano? 
Talvez o fato de estar disposto a defender o Coringão em acaloradas discussões sobre futebol no escritório, na mesa de bar ou na portaria do prédio; 
Ou talvez lembrar dos ídolos do passado, de suas conquistas que vieram com muita garra e suor; 
É acompanhar o time, seja no estádio, no rádio, na internet ou na tv (e depois ainda pegar todas as entrevistas, melhores momentos, replays até tarde da madrugada); 
Rir dos defeitos também faz parte, acho. Lembrar dos pernas de pau que já vestiram o manto sagrado, ou ser maloqueiro e sofredor, graças a deus!! 
É fazer com que o sentimento por esse time cresça cada vez mais a cada vitória, a cada derrota, a cada gol, a cada defesa, a cada título, ou sendo rebaixado; 
É entender que o grito de “Vai Corinthians” é mais do que um incentivo ao time. Ele deve ser dito a qualquer momento especial da sua vida ou representar um comportamento que guia os seus valores. Sendo mais claro: Você pode dizer “Vai Corinthinas” no início de cada jogo, dizer “Vai Corinthians” após um aumento salarial, ou dizer “Vai Corinthians” quando humildemente te oferecem uma cerveja no copo de requeijão. 
É defender essa torcida com ufanismo. Ter orgulho da Fiel que tem um time (e não o inverso), e que ela é responsável pelo maior movimento migratório da história do planeta só perdendo para os períodos da Era do Gelo e das guerras mundiais. 
Talvez eu nem precise entender tudo isso. Talvez eu mereça ser corintiano puramente por uma simples questão de escolha.  Oras...O Corinthians é o  time do povo, que demonstra simplicidade na sua identidade, e, por que não, nas suas escolhas?

Ser corintiano, simplesmente por ser Corinthians. Afinal, AQUI É CORINTHIANS!

Os 23 que eu levaria para o Mundial (só valendo os que vi jogar):
1.Dida; 2. Rogerio; 3.Chicão; 4.Gamarra; 5. Ralf; 6. André Santos; 7.Marcelinho; 8. Rincon; 9. Fenômeno; 10. Tevez; 11. Edilson; 12. Ronaldo; 13. Castan; 14. Fabio Luciano; 15. Edenilson; 16. Elias; 17. Emerson Sheik; 18. Paulinho; 19. Viola; 20. Neto; 21. Luizao; 22. Ricardinho; 23. Cassio
Começariam jogando: 4-2-3-1
Dida; Rogerio, Chicão, Gamarra e Andre Santos; Rincon, Paulinho e Marcelinho; Edilson, Tevez e Ronaldo. 

Orgulho Corintiano



- - - - Texto enviado por Otávio Friedenreich - - - -  






Dia 2 de dezembro de 2007. Corinthians e Grêmio empatam em 1 a 1 e a tragédia anunciada do rebaixamento chega, enfim, ao Parque São Jorge...
Qualquer corintiano sabe muito bem onde estava neste dia. Incrivelmente as brincadeiras dos meus amigos foram mais amenas do que eu imaginava, muito mais brandas que nas eliminações de Libertadores. Talvez o golpe tenha sido forte demais para todos. No fundo, a maioria pensava que a gente ia se livrar na última hora, nem que fosse com a ajuda do juiz, afinal “sempre tem a mão da Globo ou do Lula que nunca vai deixar cair”, eu ouvia. Mas aconteceu.
O recém-eleito presidente Andrés Sánchez foi aos microfones afirmar que esta era a última herança da antiga gestão Duailib e que agora era a hora da virada. E fez um apelo emocionado ao torcedor: que o apoio dado naquele fatídico jogo que decretou a queda – o grito de “nunca vou te abandonar” – ecoasse por meses a fio por todo o país. Ele sabia que a recuperação só aconteceria se a torcida estivesse unida, mais forte que nunca, lutando junto com o time incondicionalmente.
O que se viu a partir daí é história. Cinco títulos em cinco anos! Série B, Copa do Brasil, Campeonato Paulista, Brasileiro e Libertadores (ah, a tão cobiçada Libertadores)! E veio Ronaldo, ações de marketing, patrocínios em valores nunca antes vistos, uma REPÚBLICA, sucesso absoluto. Essa sequência é digna de um roteiro de filme perfeito com o tema “SUPERAÇÃO”.
Mas neste período, nada – repito, absolutamente NADA – foi maior que a força desta torcida. Nunca se ouviu tantos “VAI CORINTHIANS”, “EU NUNCA VOU TE ABANDONAR - PORQUE EU TE AMO” e “AQUI TEM UM BANDO DE LOUCOS”. Saímos da lama, do fundo do poço, escalamos um universo de adversidades e aqui estamos: em pé, de cabeça erguida, orgulhosos, batendo no peito e seguindo rumo ao Japão para tentarmos o título mundial.
Eu tenho orgulho de ter feito parte disso tudo torcendo, apoiando, gritando, angustiado de tristeza pra depois chorar de alegria.
Eu tenho orgulho de ter escolhido, sei lá porque, ser corintiano – meu pai é palmeirense, minha mãe e minha irmã são-paulinas. Aliás, desconfio que isso não seja uma escolha, você nasce corintiano e pronto.
Eu tenho orgulho de falar que sou campeão da Libertadores invicto e mais orgulho ainda de saber que a grande estrela daquele elenco estava nas arquibancadas, lotando os estádios a cada jogo e empurrando nossos guerreiros.
Eu tenho orgulho de fazer parte do bando. 




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Friday, December 07, 2012

Minha História com o Corinthians



- - - - Texto enviado por Bruno Faria - - - -


    Quando o Chico me pediu para escrever um texto falando sobre o Corinthians, no início fiquei preocupado. O que eu posso falar que já não foi dito milhares de vezes, por gente muito melhor do que eu? Mas me dei conta que tem sim algo só meu nestes 32 anos como torcedor alvinegro e é isso que conto aqui. Vou relacionar alguns jogos que me foram especiais, por um motivo ou outro. Seja o primeiro em que vi no estádio ou o primeiro que comemorei como corintiano, todos fazem parte desta minha história com o Sport Club Corinthians Paulista. Espero que vocês também se identifiquem com alguns destes!
    Ah, os jogos não estão dispostos em ordem de importância ou coisa parecida, não me atrevo a colocar um critério deste. Vou colocá-los aleatoriamente, na medida em que for lembrando.


Corinthians x Guarani – Final do Paulistão de 1988


    Este foi o primeiro título que me lembro como torcedor do Corinthians. Tinha oito anos e vi o jogo na casa da minha avó. Não me lembro de quase nada do jogo, nem da comemoração depois. Mas me lembro muito bem do gol do Viola, está gravado na mente como se fosse hoje! E na comemoração, tirando a camisa e jogando para a torcida. Viola foi um dos meus primeiros ídolos no futebol, ainda mais quando anos depois passou a comemorar os gols sempre com alguma coreografia. Ir ao estádio era esperar gol de Viola e ver o que ele tinha combinado para a comemoração da vez!




Corinthians x Palmeiras – Primeiro jogo da final do Paulistão de 1993


    A primeira vez em que fui ao estádio ver o Timão. Estava com 13 anos e na época ainda era permitido entrar com bandeiras e instrumentos e as barracas de pernil ainda não tinham sido proibidas. Fui com meu pai, que apesar de torcedor da Lusa sempre me levou aos jogos. A emoção de entrar no estádio lotado, ouvindo o barulho da torcida, é espetacular! Ver o Morumbi literalmente balançando quando a torcida pula é experiência única, ainda mais para quem nunca tinha visto nada parecido! E ainda pude ver o Coringão ganhar com a famosa comemoração do “gol porco” do Viola.




Corinthians x São Paulo – Final do Brasileiro de 1990


    Já com 10 anos, o Corinthians deste Brasileiro me apresentou quem até hoje é meu maior ídolo: José Ferreira Neto, o Xodó da Fiel. O que o Neto fez neste campeonato não é brincadeira. Craque maior de um elenco esforçado, mas inferior ao de muitos times do torneio, Neto fez gol de falta, gol de cabeça, com a bola rolando, bateu a falta para o primeiro gol no primeiro jogo da decisão, feito por Wilson Mano. Levou o Corinthians na marra para o primeiro título brasileiro da história. Estava em casa vendo o jogo pela tevê. Quando Tupãzinho, nosso eterno amuleto, marcou, comecei a chorar. Quando a final acabou, meu pai nos levou para comer um lanche. A cidade estava toda parada com a torcida comemorando (ou pelo menos assim me pareceu, afinal tinha dez anos!). Eu, de camiseta do Timão, acenava e comemorava junto com eles. Inesquecível!





Corinthians x Vasco – Final do Mundial de 2000

   
    De férias, voltei da praia onde estava com a família para ver o jogo contra o Real Madrid. Logo depois, desci com meus amigos para Peruíbe, onde ficamos até o fim do campeonato. Assistimos a final na casa de outros amigos corintianos que também estavam na cidade. Eu tinha recém-machucado o joelho, estava difícil até para andar. E a final foi tensa, o Vasco era um esquadrão com Mauro Galvão, Edmundo, Juninho Pernambucano, Felipe e Romário. O Corinthians não ficava atrás com Marcelinho, Rincón, Edílson, Luizão e Ricardinho. Quando Edmundo perdeu o último pênalti, pulei o muro da casa com joelho ruim e tudo para comemorar na rua. E à noite o centro de Peruíbe estava tomado de corintianos celebrando o título, lembro que até representei o papel de Dida contra um Edmundo qualquer para depois ser abraçado por gente que nunca vi na vida. Isso é Corinthians!




Corinthians x Boca Juniors – Final da Libertadores de 2012


    Esse não poderia faltar. Eu estava no estádio nas duas eliminações para o Palmeiras. Eu estava no estádio quando perdemos para o River no famoso “Pega, Pega” do Geninho. Garanto que não sou pé-frio, já comemorei muito título em estádio. Mas a Libertadores era um espinho na garganta. Perdíamos com times ótimos como os de 1999 e 2000. Perdíamos com times mais ou menos como o de 1995. Perdíamos com Tevez, Nilmar e Cia limitada. Perdíamos, enfim. Até este ano. Da batalha contra o Vasco, salvos pela espetacular defesa de Cássio e o gol de Paulinho, monstro do meio de campo. A semifinal com o Santos de Neymar, quando apareceu a frieza de Danilo ao empatar o segundo jogo. E a final contra o Boca, a maior decisão da história da Libertadores, desde então e para sempre! Romarinho empatando o jogo na Bombonera com seu primeiro toque na bola em todo o torneio. Em São Paulo, o jogo do herói Emerson Sheik, autor dos dois gols que exorcizaram o fantasma do Boca, matador de brasileiros, time que não perde na Bombonera e joga melhor fora de casa, uma camisa muito pesada quando o assunto é Libertadores. Foi destroçado sem dó nem piedade pelo esquadrão do Professor Tite, o Filósofo do Rio Grande. E para mim, além de tudo isso, a final teve um toque especial: Quando nosso capitão Alessandro levantou a taça já passava da meia noite, estávamos no dia 05 de julho. Meu aniversário. Não poderia pedir presente melhor! Muito obrigado, Corinthians!




E o melhor Corinthians de todos os tempos está escalado abaixo:

Ronaldo; Zé Maria, Chicão, Gamarra, Wladimir; Paulinho, Sócrates, Neto, Rivelino; Viola, Marcelinho Carioca.


The book is in the Reader


In the Reader. On the table.


    Para quem não ficou sabendo, chegaram ontem ao Brasil duas lojas virtuais de e-books que prometem chacoalhar nosso jurássico mercado editorial: a Amazon (www.amazon.com.br) e o Google Play Books (https://play.google.com/store).
    Adquiri um Kindle nos Estados Unidos há quase 2 anos, e recomendo o aparelhinho: não deve nada ao livro físico em termos de conforto na leitura. E a bateria dura surpreendentes 30 dias sem recarga.
    Adeptos do livro físico: façam um test-drive no brinquedo quando tiverem a oportunidade.



Thursday, December 06, 2012

Prólogo do céu






- - - - Texto enviado por Rafael Freire - - - - 


 
    Vim de uma família que não é fã de esportes. Meu pai nunca foi fã de futebol e a minha mãe era a torcedora-padrão: só assistia jogos da seleção, isso quando lembrava. Mas, por algum motivo, desde pequeno sempre fui fã de bola. Mesmo meu próprio pai furando quase todas. Quando cheguei na idade de começar a entender minimamente de futebol, tinha duas grandes influências: um tio palmeirense e meus vizinhos corintianos. Foi aí que veio o grande fiel dessa balança: minha mãe. “Meu filho, vira qualquer coisa, menos corintiano”.   
    No desfile da primeira série, lá estava eu, com o uniforme do Palmeiras e uma bola verde nas mãos. Não, não caiu bem. Todos os coleguinhas com o manto corintiano e só eu lá, sem graça, de camisa branca do Palmeiras (porque a verde eu não vestia nem a pau). Aí veio a grande chance da minha mãe: Paulista de 93. Assisti a final Palmeiras contra Corinthians. Veio a vitória do Palmeiras. Final da fila, Era Parmalat...
   Não, não era pra ser. Ainda criança, rasguei a camisa do Palmeiras e decretei, NÃO VISTO MAIS NADA COM UM MÍNIMO DETALHE VERDE. Cortei até folhas da alimentação! Rebeldia de criança? Acharam que eu estava ficando louco. Acho que foi por isso que encontrei meu bando. Foram lindos dez anos sem uma única peça de roupa verde no guarda-roupa. Foram lindos anos com títulos como Copa do Brasil, Brasileiros, Mundial... Foram lindos anos negros...
     Obrigado, Corinthians.


Tuesday, December 04, 2012

Rápidas II




"ALÔ! CHAPA DE BOBINA?!" - transeunte na rua, conversando ao telefone. Até prestei atenção para checar se não era o Mução.*

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RH - "O pior funcionário é o burro pró-ativo" (Polessi, 2012)

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Academia do clube, verificando emails. Um senhor de 130 anos, vizinho de máquina, me encara. Meus infalíveis poderes psíquicos detectam uma crítica de geração.
Até ele sacar sacar do bolso um celular 2x mais mais hodierno** que o meu.

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No vídeo, o frango tunado que dança "técnico". Assista até o fim e ganhe... Uma convulsão.

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* Não era.
** Moderno. Há 130 anos.


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Sobre o prazer de falar "Corinthians"






- - - - Texto enviado por Álvaro Leite Domingos - - - - 


    Futebol é o assunto do qual mais gosto de conversar. Com parentes, amigos, colegas, conhecidos e desconhecidos.

    Não estou sozinho nessa preferência, claro. O futebol serve como um coringa em nosso dia-a-dia. É o gancho perfeito para se puxar papo com alguém. Torna a conversa leve, descontraída. É difícil ser antipático com alguém que também goste do assunto.

   Claro que existem algumas diferenças no modo como o tema é tratado durante a conversa. A diferença principal é o time que cada um torce.

    Com torcedores de outros times, o papo invariavelmente se direciona para grandes craques, times imbatíveis e títulos inesquecíveis. É uma conversa mais objetiva, cheia de números e datas históricas.
   
    Num encontro entre corinthianos, naturalmente, a dinâmica é totalmente outra. O Corinthians é um time subjetivo. É onde a velha máxima de que o futebol não é ciência exata encontra o seu melhor modelo. O Corinthians é o exemplo clássico de objeto cuja definição depende unicamente do ponto de vista de seu observador. No caso, a torcida.

    Juca Kfouri cunhou a expressão: “O Corinthians não é um time com uma torcida, mas uma torcida que tem um time”. Um axioma para corinthianos e um paradoxo para os rivais. A síntese perfeita dessa relação quase neurótica entre duas partes que se complementam.

    Ser corinthiano é ver aquela camisa (preta e/ou branca) com um emblema estranho, parecendo um despertador, e ficar com vontade de torcer. Torcer. Pra quê? Não importa. O lance é torcer. Sempre. Vai, Corinthians. Sem restrições ou moderação.

    E daí que os jogadores do Corinthians passam a ser muito mais personagens que atletas. Todos pitorescos, densos, controversos, como deve ser. Assim surgem as boas histórias.

    É o Dr. Sócrates, que transformou a pelada dominical entre as aulas de medicina em estilo de vida e instrumento político. É o garoto Viola, negro, saído do terrão, que faz gol numa final em pleno 13 de maio. 

    É o chutaço do Célio Silva a 120 kh/h. E do Gralak a 130! É a dupla sertaneja Tupazinho e Fabinho, com seus mullets esvoaçantes e fazendo gol de carrinho. São as bicicletas do Neto pelo e contra o Guarani. Além do gol de falta do mesmo Neto do meio do Maracanã.

    É Marcelinho jogando o uniforme pra torcida depois de um empate contra o maior rival até ficar só com a roupa de baixo. É o golaço do Elivelton na prorrogação. O Dida pegando 2 pênaltis seguidos. E os comedidos Ricardinho, Parreira e William batendo no peito pra gritar “Timão Ê-Ô!”

    É Paulinho subindo no alambrado. E o Fenômeno derrubando o alambrado. Para depois construir uma cobertura na Vila Belmiro.

    É a história triste do Ezequiel. A tragicomédia do Dinei. E os causos engraçadíssimos do Gilmar Fubá. Mais as entrevistas afiadas do Vampeta. Os gritos do Ronaldo, batendo as luvas pra botar ordem na zaga. O sotaque engraçado do Giba. E o portunhol incompreensível de Carlitos Tevez.

    É o craque Casagrande sendo trazido de volta pelos gritos da arquibancada do Pacaembu. E o craque Biro-Biro comprovando que foi melhor que Maradona graças à militância corinthiana na internet.
É a classe do Gamarra. A raça do Henrique. As mordidas do Chicão. A superação do Jacenir. A polivalência do grande e subestimado Wilson Mano. E a mão esquerda do Cássio naqueles 6 segundos mais longos da história.

  É o tiro de espingarda de Rincón no Olímpico. Os chutes de capoeira recheados de ironia do Fernando Baiano. O capetinha Edílson enfileirando e passando a bola por debaixo das pernas da zaga do Real Madrid. Culminando com a mordida de Emerson Sheik no dedo do defensor do Boca Jrs.

   Acho que já me fiz entender. Ser corinthiano, mais que sonhar por títulos, é gostar de histórias. E compartilhar essas histórias. Destacando o valor afetivo de cada uma delas. Sendo assim, escalo o Corinthians que vem me acompanhando nesses últimos 32 anos.



Esquema: 3-4-3

Gol: Ronaldo

Zaga: Chicão, Gamarra e Gralak

Meio-Campo: Gilmar Fubá, Vampeta, Neto e Marcelinho

Ataque: Dinei, Casagrande e Tupãzinho


Autor: Álvaro, um desqualificado pouco adaptado à vida moderna. Conheça suas neuroses em  http://quemsabedia.blogspot.com.br/



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Na Vitrola




 
    Às vezes a gente esquece - ou não se dá conta - que é possível ouvir qualquer álbum a partir do Youtube. Talvez tenha ficado tão atrativo zappear entre os clipes que ninguém mais tem paciência para escutar, a seco, o trabalho inteiro de um artista.
    Agora há pouco, enquanto mexia no blog, topei com Off the Wall (Michael Jackson, 1979). Feitas as devidas concessões (sim, a música soa datada), é um dos melhores trabalhos do Rei do Pop.
    Confira comigo no replay...



Monday, December 03, 2012

O Timão nas ondas do rádio





    Sou novo ainda, 30 anos. Pertenço a uma geração que não testemunhou a Guerra Fria e os conflitos ideológicos que marcaram a geração passada. Mas que foi a primeira a vivenciar a revolução digital desde o princípio. Em tempos pré-internet e pré TV a cabo era difícil acompanhar o seu time jogando. Não era como hoje, quando basta fuçar na NET e você não perde um jogo do Zenith da Rússia, se quiser. Antigamente, quando o jogo não era importante não havia transmissão. E o jeito era apelar para o rádio. Cansei de escutar os jogos do Corinthians no meu Sony Walkman comprado no Paraguai.
    Foi pelo rádio que acompanhei o Raí fazendo 3 gols contra o meu time em uma mesma partida (nesse jogo havia TV, mas eu fui forçado a comparecer a um evento em família). Foi pelo rádio que eu escutei a derrota solitária do Corinthians de Mário Sérgio para o Vitória-BA em 1993. Pelo rádio, também, eu ouvia o Timão enfrentando o Juventus na Rua Javari, ou a Ferroviária em Araraquara, ou a Catanduvense em... Catanduva.
    Engraçado como, lembrando agora, o que ficou na memória foram os grandes revéses e os jogos desimportantes que eu sequer tive acesso às imagens. Não por acaso, creio. O corinthianismo é sui generis porque forjado na derrota. O torcedor do São Paulo nasce da vitória - e só sabe conviver com ela. O do Santos, da herança do Rei. O do Palmeiras... Bom, não sei dizer por que alguém torce para o Palmeiras. O fato é que nascemos das adversidades e do sofrimento, e talvez seja esse o motivo para valorizarmos tanto a garra em nossos jogadores. Talvez seja esse o motivo para só termos conquistado a Libertadores com um time de operários, sem estrelas, cujo maior mérito era sair esgotado de campo. E talvez seja por isso que o Corinthians transcenda o esporte como nenhum outro clube. Porque o Corinthians e os seus atletas são, antes de tudo, humanos. E só o que a torcida cobra deles é humanidade.*


* Outro dia havia um filósofo no SPORTV (vou ficar devendo o nome da fera) explicando por que o brasileiro caía matando em cima dos compatriotas que não triunfavam nas Olimpíadas. Dizia ele que o discurso subjacente é que o atleta é um superherói a quem não é concedido o direito do erro. É como se o torcedor dissesse: "Quem erra sou eu, um mero mortal. Você é especial, não pode falhar como eu. A sua obrigação é a vitória". Em suma: a cobrança do torcedor advém de um complexo de inferioridade.


Segue o meu melhor Corinthians:

Dida; Alessandro, Gamarra, Castan e André Luiz; Vampeta, Rincón, Neto e Marcelinho; Tevez e Edílson.



Segunda Mão - Maurício Romiti




- - - - Texto enviado por Maurício Romiti - - - - 



Descobri uma nova piada. Sou novo nessa coisa de vida a dois, rumo a um matrimônio.
Pois então, a piada é simples: rodeado de pessoas já com idade para serem meus pais, usar algum gancho para soltar a frase “A vida a dois é um paraíso!”
A entonação não permite ao ouvinte saber se existe ironia ou seriedade.
Observar as reações é o que mais me diverte: quando acompanhados, os homens seguram um risinho de canto de boca, gostando da piada, mas absolutamente podados de esboçarem qualquer reação. Das mulheres, olhares de reprovação – com o sagrado matrimônio não se brinca.
Quando sozinhos, os homens mais soltinhos derramam gargalhadas, céticos de qualquer possibilidade afirmativa.
Se fosse pela experiência alheia – principalmente pelos depoimentos masculinos - acho que ninguém casava.
Já eu prefiro acreditar que todos eles estão mesmo é fazendo piadinha.




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Saturday, December 01, 2012

Semana Corinthians




A partir desta segunda o blog entra no clima do Mundial de Clubes, com textos temáticos sobre o Coringão. O time de colunistas já está escalado. Vale a pena conferir, mesmo para quem não é corinthiano. Abs!

Seg - Francisco Scattolin
Ter - Otávio Friedenreich
Qua - Rafael Freire
Qui - Bruno Faria
Sex - Álvaro Domingos
Sáb - Allan Chang