- - - - Texto enviado por Otávio Friedenreich - - - -
Dia 2 de dezembro de 2007.
Corinthians e Grêmio empatam em 1 a 1 e a tragédia anunciada do rebaixamento
chega, enfim, ao Parque São Jorge...
Qualquer corintiano sabe muito
bem onde estava neste dia. Incrivelmente as brincadeiras dos meus amigos foram
mais amenas do que eu imaginava, muito mais brandas que nas eliminações de
Libertadores. Talvez o golpe tenha sido forte demais para todos. No fundo, a
maioria pensava que a gente ia se livrar na última hora, nem que fosse com a
ajuda do juiz, afinal “sempre tem a mão da Globo ou do Lula que nunca vai
deixar cair”, eu ouvia. Mas aconteceu.
O recém-eleito presidente Andrés
Sánchez foi aos microfones afirmar que esta era a última herança da antiga
gestão Duailib e que agora era a hora da virada. E fez um apelo emocionado ao
torcedor: que o apoio dado naquele fatídico jogo que decretou a queda – o grito
de “nunca vou te abandonar” – ecoasse por meses a fio por todo o país. Ele
sabia que a recuperação só aconteceria se a torcida estivesse unida, mais forte
que nunca, lutando junto com o time incondicionalmente.
O que se viu a partir daí é
história. Cinco títulos em cinco anos! Série B, Copa do Brasil, Campeonato Paulista,
Brasileiro e Libertadores (ah, a tão cobiçada Libertadores)! E veio Ronaldo,
ações de marketing, patrocínios em valores nunca antes vistos, uma REPÚBLICA,
sucesso absoluto. Essa sequência é digna de um roteiro de filme perfeito com o
tema “SUPERAÇÃO”.
Mas neste período, nada – repito,
absolutamente NADA – foi maior que a força desta torcida. Nunca se ouviu tantos
“VAI CORINTHIANS”, “EU NUNCA VOU TE ABANDONAR - PORQUE EU TE AMO” e “AQUI TEM
UM BANDO DE LOUCOS”. Saímos da lama, do fundo do poço, escalamos um universo de
adversidades e aqui estamos: em pé, de cabeça erguida, orgulhosos, batendo no
peito e seguindo rumo ao Japão para tentarmos o título mundial.
Eu tenho orgulho de ter feito
parte disso tudo torcendo, apoiando, gritando, angustiado de tristeza pra
depois chorar de alegria.
Eu tenho orgulho de ter escolhido, sei lá porque, ser corintiano – meu pai é palmeirense, minha mãe e minha irmã
são-paulinas. Aliás, desconfio que isso não seja uma escolha, você nasce
corintiano e pronto.
Eu tenho orgulho de falar que sou
campeão da Libertadores invicto e mais orgulho ainda de saber que a grande
estrela daquele elenco estava nas arquibancadas, lotando os estádios a cada
jogo e empurrando nossos guerreiros.
Eu tenho orgulho de fazer parte
do bando.
- - - - Participe do Grupo do FB - - - -
No comments:
Post a Comment