Saturday, December 08, 2012

Orgulho Corintiano



- - - - Texto enviado por Otávio Friedenreich - - - -  






Dia 2 de dezembro de 2007. Corinthians e Grêmio empatam em 1 a 1 e a tragédia anunciada do rebaixamento chega, enfim, ao Parque São Jorge...
Qualquer corintiano sabe muito bem onde estava neste dia. Incrivelmente as brincadeiras dos meus amigos foram mais amenas do que eu imaginava, muito mais brandas que nas eliminações de Libertadores. Talvez o golpe tenha sido forte demais para todos. No fundo, a maioria pensava que a gente ia se livrar na última hora, nem que fosse com a ajuda do juiz, afinal “sempre tem a mão da Globo ou do Lula que nunca vai deixar cair”, eu ouvia. Mas aconteceu.
O recém-eleito presidente Andrés Sánchez foi aos microfones afirmar que esta era a última herança da antiga gestão Duailib e que agora era a hora da virada. E fez um apelo emocionado ao torcedor: que o apoio dado naquele fatídico jogo que decretou a queda – o grito de “nunca vou te abandonar” – ecoasse por meses a fio por todo o país. Ele sabia que a recuperação só aconteceria se a torcida estivesse unida, mais forte que nunca, lutando junto com o time incondicionalmente.
O que se viu a partir daí é história. Cinco títulos em cinco anos! Série B, Copa do Brasil, Campeonato Paulista, Brasileiro e Libertadores (ah, a tão cobiçada Libertadores)! E veio Ronaldo, ações de marketing, patrocínios em valores nunca antes vistos, uma REPÚBLICA, sucesso absoluto. Essa sequência é digna de um roteiro de filme perfeito com o tema “SUPERAÇÃO”.
Mas neste período, nada – repito, absolutamente NADA – foi maior que a força desta torcida. Nunca se ouviu tantos “VAI CORINTHIANS”, “EU NUNCA VOU TE ABANDONAR - PORQUE EU TE AMO” e “AQUI TEM UM BANDO DE LOUCOS”. Saímos da lama, do fundo do poço, escalamos um universo de adversidades e aqui estamos: em pé, de cabeça erguida, orgulhosos, batendo no peito e seguindo rumo ao Japão para tentarmos o título mundial.
Eu tenho orgulho de ter feito parte disso tudo torcendo, apoiando, gritando, angustiado de tristeza pra depois chorar de alegria.
Eu tenho orgulho de ter escolhido, sei lá porque, ser corintiano – meu pai é palmeirense, minha mãe e minha irmã são-paulinas. Aliás, desconfio que isso não seja uma escolha, você nasce corintiano e pronto.
Eu tenho orgulho de falar que sou campeão da Libertadores invicto e mais orgulho ainda de saber que a grande estrela daquele elenco estava nas arquibancadas, lotando os estádios a cada jogo e empurrando nossos guerreiros.
Eu tenho orgulho de fazer parte do bando. 




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