Thursday, December 06, 2012

Prólogo do céu






- - - - Texto enviado por Rafael Freire - - - - 


 
    Vim de uma família que não é fã de esportes. Meu pai nunca foi fã de futebol e a minha mãe era a torcedora-padrão: só assistia jogos da seleção, isso quando lembrava. Mas, por algum motivo, desde pequeno sempre fui fã de bola. Mesmo meu próprio pai furando quase todas. Quando cheguei na idade de começar a entender minimamente de futebol, tinha duas grandes influências: um tio palmeirense e meus vizinhos corintianos. Foi aí que veio o grande fiel dessa balança: minha mãe. “Meu filho, vira qualquer coisa, menos corintiano”.   
    No desfile da primeira série, lá estava eu, com o uniforme do Palmeiras e uma bola verde nas mãos. Não, não caiu bem. Todos os coleguinhas com o manto corintiano e só eu lá, sem graça, de camisa branca do Palmeiras (porque a verde eu não vestia nem a pau). Aí veio a grande chance da minha mãe: Paulista de 93. Assisti a final Palmeiras contra Corinthians. Veio a vitória do Palmeiras. Final da fila, Era Parmalat...
   Não, não era pra ser. Ainda criança, rasguei a camisa do Palmeiras e decretei, NÃO VISTO MAIS NADA COM UM MÍNIMO DETALHE VERDE. Cortei até folhas da alimentação! Rebeldia de criança? Acharam que eu estava ficando louco. Acho que foi por isso que encontrei meu bando. Foram lindos dez anos sem uma única peça de roupa verde no guarda-roupa. Foram lindos anos com títulos como Copa do Brasil, Brasileiros, Mundial... Foram lindos anos negros...
     Obrigado, Corinthians.


2 comments:

  1. (...) desde pequeno sempre fui fã de bola (...)

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH

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  2. LIBERTADORES também, caceta!
    E INVICTO!

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