Friday, December 07, 2012

Minha História com o Corinthians



- - - - Texto enviado por Bruno Faria - - - -


    Quando o Chico me pediu para escrever um texto falando sobre o Corinthians, no início fiquei preocupado. O que eu posso falar que já não foi dito milhares de vezes, por gente muito melhor do que eu? Mas me dei conta que tem sim algo só meu nestes 32 anos como torcedor alvinegro e é isso que conto aqui. Vou relacionar alguns jogos que me foram especiais, por um motivo ou outro. Seja o primeiro em que vi no estádio ou o primeiro que comemorei como corintiano, todos fazem parte desta minha história com o Sport Club Corinthians Paulista. Espero que vocês também se identifiquem com alguns destes!
    Ah, os jogos não estão dispostos em ordem de importância ou coisa parecida, não me atrevo a colocar um critério deste. Vou colocá-los aleatoriamente, na medida em que for lembrando.


Corinthians x Guarani – Final do Paulistão de 1988


    Este foi o primeiro título que me lembro como torcedor do Corinthians. Tinha oito anos e vi o jogo na casa da minha avó. Não me lembro de quase nada do jogo, nem da comemoração depois. Mas me lembro muito bem do gol do Viola, está gravado na mente como se fosse hoje! E na comemoração, tirando a camisa e jogando para a torcida. Viola foi um dos meus primeiros ídolos no futebol, ainda mais quando anos depois passou a comemorar os gols sempre com alguma coreografia. Ir ao estádio era esperar gol de Viola e ver o que ele tinha combinado para a comemoração da vez!




Corinthians x Palmeiras – Primeiro jogo da final do Paulistão de 1993


    A primeira vez em que fui ao estádio ver o Timão. Estava com 13 anos e na época ainda era permitido entrar com bandeiras e instrumentos e as barracas de pernil ainda não tinham sido proibidas. Fui com meu pai, que apesar de torcedor da Lusa sempre me levou aos jogos. A emoção de entrar no estádio lotado, ouvindo o barulho da torcida, é espetacular! Ver o Morumbi literalmente balançando quando a torcida pula é experiência única, ainda mais para quem nunca tinha visto nada parecido! E ainda pude ver o Coringão ganhar com a famosa comemoração do “gol porco” do Viola.




Corinthians x São Paulo – Final do Brasileiro de 1990


    Já com 10 anos, o Corinthians deste Brasileiro me apresentou quem até hoje é meu maior ídolo: José Ferreira Neto, o Xodó da Fiel. O que o Neto fez neste campeonato não é brincadeira. Craque maior de um elenco esforçado, mas inferior ao de muitos times do torneio, Neto fez gol de falta, gol de cabeça, com a bola rolando, bateu a falta para o primeiro gol no primeiro jogo da decisão, feito por Wilson Mano. Levou o Corinthians na marra para o primeiro título brasileiro da história. Estava em casa vendo o jogo pela tevê. Quando Tupãzinho, nosso eterno amuleto, marcou, comecei a chorar. Quando a final acabou, meu pai nos levou para comer um lanche. A cidade estava toda parada com a torcida comemorando (ou pelo menos assim me pareceu, afinal tinha dez anos!). Eu, de camiseta do Timão, acenava e comemorava junto com eles. Inesquecível!





Corinthians x Vasco – Final do Mundial de 2000

   
    De férias, voltei da praia onde estava com a família para ver o jogo contra o Real Madrid. Logo depois, desci com meus amigos para Peruíbe, onde ficamos até o fim do campeonato. Assistimos a final na casa de outros amigos corintianos que também estavam na cidade. Eu tinha recém-machucado o joelho, estava difícil até para andar. E a final foi tensa, o Vasco era um esquadrão com Mauro Galvão, Edmundo, Juninho Pernambucano, Felipe e Romário. O Corinthians não ficava atrás com Marcelinho, Rincón, Edílson, Luizão e Ricardinho. Quando Edmundo perdeu o último pênalti, pulei o muro da casa com joelho ruim e tudo para comemorar na rua. E à noite o centro de Peruíbe estava tomado de corintianos celebrando o título, lembro que até representei o papel de Dida contra um Edmundo qualquer para depois ser abraçado por gente que nunca vi na vida. Isso é Corinthians!




Corinthians x Boca Juniors – Final da Libertadores de 2012


    Esse não poderia faltar. Eu estava no estádio nas duas eliminações para o Palmeiras. Eu estava no estádio quando perdemos para o River no famoso “Pega, Pega” do Geninho. Garanto que não sou pé-frio, já comemorei muito título em estádio. Mas a Libertadores era um espinho na garganta. Perdíamos com times ótimos como os de 1999 e 2000. Perdíamos com times mais ou menos como o de 1995. Perdíamos com Tevez, Nilmar e Cia limitada. Perdíamos, enfim. Até este ano. Da batalha contra o Vasco, salvos pela espetacular defesa de Cássio e o gol de Paulinho, monstro do meio de campo. A semifinal com o Santos de Neymar, quando apareceu a frieza de Danilo ao empatar o segundo jogo. E a final contra o Boca, a maior decisão da história da Libertadores, desde então e para sempre! Romarinho empatando o jogo na Bombonera com seu primeiro toque na bola em todo o torneio. Em São Paulo, o jogo do herói Emerson Sheik, autor dos dois gols que exorcizaram o fantasma do Boca, matador de brasileiros, time que não perde na Bombonera e joga melhor fora de casa, uma camisa muito pesada quando o assunto é Libertadores. Foi destroçado sem dó nem piedade pelo esquadrão do Professor Tite, o Filósofo do Rio Grande. E para mim, além de tudo isso, a final teve um toque especial: Quando nosso capitão Alessandro levantou a taça já passava da meia noite, estávamos no dia 05 de julho. Meu aniversário. Não poderia pedir presente melhor! Muito obrigado, Corinthians!




E o melhor Corinthians de todos os tempos está escalado abaixo:

Ronaldo; Zé Maria, Chicão, Gamarra, Wladimir; Paulinho, Sócrates, Neto, Rivelino; Viola, Marcelinho Carioca.


2 comments:

  1. De arrepiar os vídeos - principalmente, para mim, o do gol do Tupãzinho e o dos pênaltis do Mundial

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  2. É engraçado. Por mais que os "antis" não admitam a legitmidade do mundial de 2000 e que até alguns corinthianos não dêem tanto destaque ao campeonato, toda a torcida se lembra com carinho daquele jogo contra o R.Madrid e também do dia da grande final perante o melhor Vasco da história.

    Parafraseando Nelson Rodrigues, se aquele esquadrão não levou a Libertadores, azar da Libertadores.

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