Wednesday, January 09, 2013

Nipônicas I




    O Japão é um lugar exótico. Aos olhos latino-ocidentais, ao menos.
    Quando digo que fui ao Japão, a primeira - e indignada - reação das pessoas é "Pra ver o Corinthians!?". E a segunda quer saber da primeira impressão. "Como é por lá? Deve ser muito diferente."
    Pois bem. A primeira impressão, para ser preciso, é “Como tem japonês nesse lugar!” Salta aos olhos. Ato contínuo, surge a sensação de ter virado analfabeto. Não se entende nada do que está escrito, ou do que está sendo dito. Parece uma constatação óbvia. Boba. Mas as impressões seguintes, todas elas, decorrem das duas primeiras.
    Particularmente, a curiosidade que eu tinha sobre os japoneses era descobrir se eles eram loucos mesmo ou se aquilo era preconceito meu. Qual a deles, afinal? Porque o que nos chega de lá é algo contraditório. Um povo disciplinado e trabalhador, mas que é dado a esquisitices incompreensíveis mesmo para um brasileiro. Um comportamento misterioso, enfim.  
    O que eu esperava era decifrar um pouco daquele mistério. Pelo menos até onde fosse possível em apenas 10 dias, dois deles de Corinthians.
    Como um povo tão sem graça podia ser tão complexo?



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