O Japão é um lugar exótico. Aos olhos latino-ocidentais, ao
menos.
Quando digo que fui ao Japão, a primeira - e indignada - reação das
pessoas é "Pra ver o Corinthians!?". E a segunda quer saber da
primeira impressão. "Como é por lá? Deve ser muito diferente."
Pois bem. A primeira impressão, para ser preciso, é “Como
tem japonês nesse lugar!” Salta aos olhos. Ato contínuo, surge a sensação de ter virado analfabeto. Não se entende nada do que está escrito,
ou do que está sendo dito. Parece uma constatação óbvia. Boba. Mas as impressões seguintes, todas
elas, decorrem das duas primeiras.
Particularmente, a curiosidade que eu tinha sobre os
japoneses era descobrir se eles eram loucos mesmo ou se aquilo era preconceito
meu. Qual a deles, afinal? Porque o que nos chega de lá é algo contraditório.
Um povo disciplinado e trabalhador, mas que é dado a esquisitices
incompreensíveis mesmo para um brasileiro. Um comportamento misterioso, enfim.
O que eu esperava era decifrar um pouco daquele mistério. Pelo menos até onde fosse
possível em apenas 10 dias, dois deles de Corinthians.
Como um povo tão sem graça podia ser tão complexo?
Como um povo tão sem graça podia ser tão complexo?
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