Wednesday, September 15, 2010

A onda espírita e o sexto sentido



 O Espiritismo parece estar na moda, pelo menos nas telonas nacionais. Depois do sucesso de “Chico Xavier”, é a vez de “Nosso Lar”, baseado no livro homônimo atribuído ao espírito André Luiz. Não assisti “Nosso Lar”, mas posso avaliar “Chico Xavier”: o filme é médium. O cinema americano vira e mexe explora a mesma temática, embora não me lembre de que tenham recorrido à doutrina kardecista. Preferem abordá-la em filmes de terror, ou na roupagem blockbuster.
Por coincidência, este final de semana assisti “O Sexto Sentido” na TV. Não sou exatamente um estudioso do Espiritismo, longe disso - embora tenha tido, eu próprio, uma experiência possivelmente atribuível ao sobrenatural extra-corpóreo (recorde de comentários no blog: Encontro em Família). Existe, porém, um ponto que me intriga pela inverossimilhança, justamente o tema central do filme gringo: trata-se do espírito que morreu, mas não sabe que está morto.
Ora, que tipo de espírito pode ser estúpido a ponto de não perceber que desencarnou? E quanto tempo pode durar uma confusão dessa natureza? Porque no filme o personagem do Bruce Willys passa toda a trama vagando em ignorância. Posso conceber que, logo em seguida à desencarnação, possa haver uma confusão inicial: “Morri? Vou perguntar na rua. Estão me ignorando, droga. Vou pegar o carro e perguntar em casa, lá não vão mentir pra mim. Droga, minha mão não consegue segurar a maçaneta. Puxa, entrei no carro mesmo assim. Tem algo de muito suspeito acontecendo ao meu redor. E agora? Como vou descobrir se estou morto?”. Não cola. Persistir nesse tipo de dúvida por mais de 5 minutos parece caso de alma sem salvação.

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