Passar por uma portaria produz um dilema social/moral/filosófico de suma importância: cumprimentar ou não o porteiro?
A educação pede (alguns dirão, exige) um "bom dia", um "boa tarde". Mas e se fosse você o porteiro? Gostaria de cumprimentar toda e qualquer pessoa que passasse à sua frente? Porque são muitas ao longo do dia. Sempre ocupadas. Sempre indo a algum lugar. E o porteiro lá, parado. Cumprimentando e observando. É como se apenas a ele não fosse permitido ir além daquele ponto. Ninguém o convida. Ele é só isso: um ponto de passagem - e é esse o recado implícito em cada saudação apressada.
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